Como as empresas podem servir toda a gente e não apenas os seus acionistas
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0:01 - 0:04Ultimamente, muitos executivos
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0:04 - 0:07têm prometido alterar
o seu modelo de negócio. -
0:07 - 0:10Comprometem-se a servir
todas as partes interessadas, -
0:10 - 0:12e não apenas os acionistas.
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0:12 - 0:15O retorno do investimento,
afirmam eles, -
0:15 - 0:17deixará de ter prioridade
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0:17 - 0:19sobre a saúde e o bem-estar
dos funcionários, -
0:19 - 0:21dos fornecedores,
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0:21 - 0:22e até mesmo do planeta Terra.
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0:23 - 0:26Não apenas numa crise,
mas todos os dias. -
0:26 - 0:30Esta é uma mudança que as empresas
têm mesmo de fazer, -
0:30 - 0:33mas isso não significa que será fácil.
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0:34 - 0:36É como deixar de ser um jovem casal
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0:36 - 0:38e ter filhos.
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0:38 - 0:40Quando estamos a tentar tomar decisões
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0:40 - 0:42apenas com outra pessoa
no relacionamento, -
0:42 - 0:44é muito fácil.
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0:44 - 0:46Onde é que vamos almoçar no domingo?
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0:46 - 0:48Que filme vamos ver?
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0:49 - 0:51Mas quando aparece uma criança,
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0:51 - 0:53e uma segunda criança,
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0:53 - 0:55novos responsáveis pelas decisões,
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0:55 - 0:57a vida torna-se mais complicada.
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0:58 - 1:01Cada um tem as suas necessidades
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1:01 - 1:03e perspetivas individuais.
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1:03 - 1:07Todos sabemos que não devemos
ter um filho favorito, -
1:08 - 1:12e que ser justo nem sempre
significa ser igualitário. -
1:13 - 1:16É um dos grandes desafios dos pais,
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1:16 - 1:18e do capitalismo das partes interessadas.
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1:18 - 1:22Os empregados precisam
de ganhar um salário mínimo. -
1:22 - 1:26De que outra forma podem acreditar
que conseguem alimentar as suas famílias? -
1:26 - 1:30Os investidores de fundos de pensões
precisam de ganhar um retorno positivo. -
1:30 - 1:32Só assim podem ter a certeza
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1:32 - 1:35de que estão a gerir as poupanças
e pensões dos seus investidores -
1:35 - 1:37de forma responsável.
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1:37 - 1:41Os consumidores querem
e merecem produtos e serviços -
1:41 - 1:44acessíveis e seguros.
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1:45 - 1:48E todos queremos
uma sociedade e um planeta -
1:48 - 1:50que nos permita respirar.
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1:50 - 1:55Passei a minha carreira
a ajudar empresas e os seus líderes -
1:55 - 1:57a melhorar o seu desempenho,
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1:57 - 1:59em particular em momentos de transição.
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2:00 - 2:02Todos nos tornámos digitais.
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2:02 - 2:05Respondemos às novas normas de saúde.
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2:05 - 2:07Melhorámos a sua produtividade,
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2:07 - 2:10tornámo-las mais diversificadas
e inclusivas. -
2:10 - 2:12Demorámos algum tempo a compreender
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2:12 - 2:15que não podemos
tornar uma empresa mais digital -
2:15 - 2:18só por nomear um administrador
para o pelouro digital, -
2:18 - 2:21nem um administrador para a diversidade
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2:21 - 2:22seria capaz de, sozinho,
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2:23 - 2:25criar uma cultura
empresarial mais inclusiva. -
2:26 - 2:28Por isso, já percebemos
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2:28 - 2:31que não basta nomear
um administrador das partes interessadas -
2:31 - 2:35para ajudar todas as partes interessadas.
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2:35 - 2:38Em vez disso, precisamos de um reinício.
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2:38 - 2:41Se queremos mesmo servir
as partes interessadas, -
2:41 - 2:44temos de envolver todos.
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2:44 - 2:46Não há soluções rápidas,
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2:46 - 2:48mas tenho algumas ideias.
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2:48 - 2:51Começando pelo topo: a administração.
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2:51 - 2:55É aqui que a estratégia da empresa
é criada e regida -
2:55 - 2:59e, se nem todas as necessidades das partes
interessadas forem tidas em conta aqui, -
2:59 - 3:02então nada mudou.
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3:03 - 3:06Por definição, uma administração
pode ser um obstáculo -
3:06 - 3:09a servir todas as partes interessadas.
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3:10 - 3:11Porquê?
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3:11 - 3:15Porque, normalmente, a administração
é eleita pelos acionistas. -
3:15 - 3:17Representa os seus interesses.
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3:17 - 3:20Está ali para agir em nome deles.
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3:21 - 3:24Esta não é apenas
uma definição de dicionário. -
3:24 - 3:26É o que está na lei nos EUA,
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3:27 - 3:28e isto pode limitar as mudanças
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3:29 - 3:32que um diretor geral
ou uma administração podem criar -
3:32 - 3:36se querem satisfazer as necessidades
de mais partes interessadas. -
3:36 - 3:38Durante anos, para sermos sinceros,
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3:38 - 3:41temos preenchido as casinhas:
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3:41 - 3:44etnia, idade, género.
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3:44 - 3:47Temos procurado pessoas
que parecem diferentes, -
3:48 - 3:51mas as administrações
continuam a fazer o mesmo. -
3:51 - 3:54Cuidam dos interesses dos acionistas.
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3:54 - 3:56Não precisamos de símbolos.
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3:56 - 4:00Precisamos de pessoas
que compreendam a experiência -
4:00 - 4:04e representem a diversidade
das partes interessadas. -
4:04 - 4:08As administrações podem aprender
com as organizações sem fins lucrativos. -
4:08 - 4:11Eu lidero uma instituição solidária,
a Teach First. -
4:11 - 4:16É uma instituição de ensino
que cria professores e escolas excelentes. -
4:16 - 4:20A nossa administração
inclui um vasto leque de competências: -
4:21 - 4:23antigos funcionários públicos,
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4:23 - 4:27ativistas, professores,
embaixadores, tecnólogos. -
4:28 - 4:31No papel, alguns têm
muito pouco enquadramento -
4:31 - 4:34numa instituição
de beneficência de ensino. -
4:34 - 4:38Mas todos têm experiência real
com as nossas partes interessadas. -
4:38 - 4:41Todas as administrações são diferentes.
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4:41 - 4:42Imaginem um mundo
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4:42 - 4:46em que a governação empresarial
é muito diferente da atual: -
4:46 - 4:50líderes de comunidade com lugar
na administração do seu banco local; -
4:50 - 4:54filósofos morais que aconselham
empresas de redes sociais; -
4:54 - 4:59ativistas ambientais como diretores
de empresas de energia globais. -
4:59 - 5:02Os diretores executivos
continuam a fazer promessas. -
5:02 - 5:04Continuam a falar sobre objetivo social,
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5:04 - 5:07mas a verdadeira mudança só acontecerá
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5:07 - 5:09quando mudarmos quem governa
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5:09 - 5:11e qual o seu objetivo.
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5:12 - 5:16Temos de mudar as leis de constituição
de empresas que nos limitam -
5:16 - 5:18e de nos lembrar quem realmente servimos.
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5:19 - 5:22Falemos agora do A grande,
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5:22 - 5:24o Ambiente.
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5:24 - 5:28Por todo o mundo, os relatórios anuais
incluem objetivos de sustentabilidade. -
5:29 - 5:30Os objetivos são muito nobres,
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5:31 - 5:33e a muito, muito longo prazo,
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5:33 - 5:35e nenhum será alcançado
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5:35 - 5:38sem passos concretos pelo caminho.
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5:38 - 5:40É como dizer,
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5:40 - 5:44"Vou correr a maratona ou os 5 km,
qualquer dia, no futuro." -
5:45 - 5:48Ninguém vai acreditar
enquanto não sairmos do sofá, -
5:48 - 5:50enquanto não começarmos a treinar,
-
5:50 - 5:53e a correr quilómetros todos os dias.
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5:54 - 5:56Os diretores executivos
precisam de fazer o mesmo. -
5:56 - 6:00Precisam de objetivos concretos,
alcançáveis e mensuráveis, -
6:00 - 6:04e devem partilhar as informações
e o seu progresso. -
6:05 - 6:09Ser verde é bom
para os resultados a longo prazo -
6:09 - 6:11mas exige investimentos,
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6:11 - 6:13e esses têm de ser partilhados.
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6:13 - 6:15A Natura, uma empresa brasileira,
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6:15 - 6:18é a quarta maior empresa de cosmética
em todo o mundo -
6:18 - 6:20Tem os habituais relatórios e contas
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6:20 - 6:22para investidores e executivos,
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6:22 - 6:26mas o que os torna especiais
é algo diferente. -
6:27 - 6:31Uns medem o bem que fazem ao ambiente.
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6:31 - 6:34Outros, o seu impacto na sociedade.
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6:34 - 6:36Medem tudo:
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6:36 - 6:38sementes plantadas,
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6:38 - 6:40postos de trabalho criados,
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6:40 - 6:42volume do lixo no caixote do lixo.
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6:42 - 6:46A Shell, a empresa de energia
anglo-holandesa, é outro exemplo. -
6:46 - 6:49Eles compreenderam
o que a maioria de nós já sabia; -
6:50 - 6:53não basta reduzir as emissões próprias.
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6:54 - 6:57De facto, as emissões deles
têm um peso de cerca de 15% -
6:57 - 6:59das emissões do seu sistema.
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6:59 - 7:01Por isso, mudaram.
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7:01 - 7:04Em parceria com ativistas
e gestores de fundos de pensões, -
7:04 - 7:06criaram objetivos a três anos
-
7:06 - 7:10com marcadores de progresso anuais.
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7:10 - 7:14Em 2050 esperam reduzir
a pegada líquida de carbono -
7:14 - 7:16em quase dois terços.
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7:16 - 7:18Essa redução é gigantesca.
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7:18 - 7:21Inicialmente, estas metas
estavam ligadas aos bónus -
7:21 - 7:25dos seus 150 principais decisores,
-
7:25 - 7:31e ao longo do tempo, o pagamento
a quase 17 000 colaboradores -
7:31 - 7:35estava ligado, mesmo que parcialmente,
à forma como tratam a Mãe Terra. -
7:37 - 7:39Ainda estamos no começo
para esta indústria -
7:39 - 7:41e para muitas destas iniciativas.
-
7:41 - 7:45O sucesso depende
de como mantemos o caminho -
7:45 - 7:47quando os investimentos
forem mais significativos, -
7:47 - 7:50quando as partes interessadas discordarem,
-
7:50 - 7:53ou quando os concorrentes
começarem a ganhar terreno. -
7:54 - 7:56Falemos um pouco
sobre uma parte interessada -
7:56 - 7:58que às vezes está escondida,
-
7:58 - 8:00ou seja, os fornecedores.
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8:00 - 8:04Eles são o tecido que liga as empresas:
-
8:04 - 8:06os condutores da Uber,
os fabricantes de peças, -
8:06 - 8:09os trabalhadores dos serviços.
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8:09 - 8:12São como uma força de vida invisível,
o motor da nossa economia, -
8:12 - 8:15e algo de que temos certeza,
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8:15 - 8:17é que o sucesso ou insucesso
de uma empresa -
8:17 - 8:20depende dos seus fornecedores e parcerias.
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8:20 - 8:22É uma lição dura que muitos hospitais,
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8:22 - 8:24incluindo nos EUA e no Reino Unido,
-
8:24 - 8:26aprenderão com a COVID-19.
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8:26 - 8:30Em contexto de pandemia,
as cadeias de abastecimento rápidas -
8:30 - 8:33entregam as máscaras, os ventiladores,
-
8:33 - 8:35os "kits" de testes e as vacinas
-
8:36 - 8:37de que todos precisamos.
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8:37 - 8:39Salvam vidas
-
8:39 - 8:42e ajudam a retomar a nossa economia.
-
8:42 - 8:46Os fornecedores não são importantes
apenas durante uma crise. -
8:46 - 8:49Se, de facto, quisermos escalar
o nosso impacto positivo, -
8:49 - 8:51temos de ver para além
das paredes da empresa. -
8:52 - 8:53A BHP Billiton,
-
8:53 - 8:55uma empresa mineira australiana,
-
8:55 - 8:57fez exatamente isso quando se comprometeu
-
8:57 - 9:01a acabar com o desequilíbrio de género
na sua mão-de-obra, até 2025. -
9:01 - 9:04Decidiu encorajar,
incentivando ligeiramente -
9:04 - 9:07os seus fornecedores a participar
-
9:07 - 9:10dando formação e tecnologia.
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9:10 - 9:12No Chile, a Kal Tire
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9:12 - 9:15ajuda a trocar os pneus gigantescos
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9:15 - 9:17dos camiões da BHP.
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9:17 - 9:21É um trabalho muito físico,
exigente e perigoso, -
9:21 - 9:22e, para dizer a verdade,
-
9:22 - 9:26nunca houve muitas mulheres
interessadas nesse trabalho -
9:26 - 9:28As duas empresas mudaram isso.
-
9:28 - 9:30Em primeiro lugar,
desenvolveram um braço mecânico. -
9:30 - 9:35E depois encorajaram proativamente
mulheres a concorrerem a esta função. -
9:35 - 9:39A Kal Tire é apenas uma empresa.
-
9:40 - 9:41É um exemplo.
-
9:41 - 9:45A BHP Billiton tem milhares
de fornecedores, -
9:45 - 9:48e, se de facto queremos envolver
a nossa rede de fornecedores, -
9:48 - 9:52temos de usar incentivos
para os manter envolvidos. -
9:52 - 9:56Hoje, a Kal Tire ilustra
-
9:56 - 9:58o quão bem isto pode ser feito,
-
9:58 - 10:01e, em toda a rede de fornecedores da BHP,
-
10:01 - 10:05as mulheres têm hoje mais 15%
de probabilidades de conseguir trabalho -
10:05 - 10:07do que acontecia há um ano.
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10:08 - 10:11Fornecedores e parcerias
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10:11 - 10:13podem ajudar a fazer ou desfazer empresas.
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10:13 - 10:16Em tempos bons,
são a chave para o sucesso, -
10:16 - 10:19à escala global,
-
10:19 - 10:22e em tempos maus,
são a chave para a nossa sobrevivência. -
10:23 - 10:25Se os fornecedores são
uma parte interessada escondida, -
10:25 - 10:29os clientes, possivelmente,
são a parte mais visível. -
10:29 - 10:32Mas quando os acionistas dominam,
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10:32 - 10:34algumas empresas podem ter um incentivo
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10:34 - 10:38para se concentrar nos desejos
a curto prazo dos seus clientes -
10:38 - 10:40e não nos desejos a longo prazo.
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10:40 - 10:44Em todo o mundo, aumentou
o consumo de alimentos processados -
10:44 - 10:48e, com isso, também aumentou
a taxa de obesidade mundial. -
10:49 - 10:52Por essa razão,
a Fundação "Access to Nutrition" -
10:52 - 10:56monitoriza hoje a quantidade
de sal, gordura e açúcar. -
10:56 - 11:00que as empresas de alimentação
e bebidas incluem nos seus produtos. -
11:00 - 11:03E também verificam
se os vendem de forma responsável. -
11:03 - 11:06É como medir as calorias consumidas
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11:06 - 11:09por cada dólar que estas empresas ganham.
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11:09 - 11:12As empresas que têm prestado atenção
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11:12 - 11:13começaram a fazer mudanças,
-
11:13 - 11:16incluindo ingredientes e fórmulas.
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11:16 - 11:20A Nestlé reduziu o açúcar
nos cereais do pequeno almoço. -
11:20 - 11:25A Unilever reduziu o volume
e as calorias nos gelados. -
11:25 - 11:28Não estou segura que seja uma boa ideia,
-
11:28 - 11:32mas posso dizer-vos que é necessário
criatividade e investimento. -
11:32 - 11:37Sabemos que as necessidades
dos consumidores mudam com o tempo, -
11:37 - 11:41mas as empresas que fazem
estes investimentos de forma proativa -
11:41 - 11:45estarão em melhor posição, a longo prazo,
mesmo para os acionistas. -
11:45 - 11:48À medida que começámos a melhorar
os nossos hábitos alimentares, -
11:48 - 11:50e tentámos comer menos gelados,
-
11:50 - 11:53estas empresas posicionaram-se bem
para conquistar esse mercado. -
11:53 - 11:56Lideraram, foram mais competitivas,
-
11:56 - 11:59e conseguiram ser mais relevantes.
-
11:59 - 12:01Isto também diz respeito aos governos,
-
12:01 - 12:03muitos dos quais se preocuparam
com os rótulos nutricionais, -
12:03 - 12:07com programas de exercício,
e até com impostos sobre o açúcar -
12:07 - 12:09para encorajar uma alimentação saudável.
-
12:09 - 12:12Se os clientes são partes interessadas,
-
12:13 - 12:16então não podem ser prejudicados
-
12:16 - 12:19pelos bens e serviços
-
12:19 - 12:21e pelos produtos que produzimos.
-
12:21 - 12:23É muito simples.
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12:24 - 12:27Para o capitalismo das partes interessadas
poder funcionar, -
12:27 - 12:31todos temos de nos ver
como diretores gerais. -
12:32 - 12:34Se realmente queremos a mudança,
-
12:34 - 12:38temos de estar dispostos
a aguentar com a reação. -
12:39 - 12:41Nem sempre conseguiremos acertar,
-
12:41 - 12:43e isso não tem mal.
-
12:43 - 12:47A mudança real e substancial demora.
-
12:47 - 12:50A resposta certa está sempre a mudar.
-
12:51 - 12:54Mas temos de tentar fazer melhor.
-
12:55 - 12:57Há uma citação que adoro
e que realmente mostra bem -
12:57 - 12:59a essência deste momento.
-
12:59 - 13:03É de uma poetisa norte-americana
chamada Gwendolyn Brooks. -
13:03 - 13:06"Somos as colheitas uns dos outros.
-
13:06 - 13:08"Somos o negócio uns dos outros.
-
13:08 - 13:13"Somos a magnitude
e o vínculo uns dos outros." -
13:13 - 13:18Uma empresa é um conjunto
de vínculos humanos em constante mutação -
13:18 - 13:23através dos quais semeamos,
crescemos e colhemos. -
13:23 - 13:26A nossa colheita
são as nossas vidas e subsistência, -
13:26 - 13:30as nossas liberdades civis,
competências e comunidades. -
13:30 - 13:33Uma empresa é o que dela fizermos.
-
13:34 - 13:36Vamos reiniciar
-
13:36 - 13:38e servir todos os interessados.
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13:39 - 13:40Obrigada.
- Title:
- Como as empresas podem servir toda a gente e não apenas os seus acionistas
- Speaker:
- Dame Vivian Hunt
- Description:
-
Por todo o mundo, as empresas prometem desempenhar um papel mais relevante no bem-estar dos seus colaboradores, clientes e ambiente. Como podem transformar as suas promessas em ação? Desde criar conselhos de administração e a estes se comprometerem com a medição dos seus objetivos de sustentabilidade, a líder empresarial Dama Vivian Hunt discute as alterações que as empresas têm de implementar para adotar o "capitalismo das partes interessadas" — e partilha como isto vai melhorar o mundo dos negócios.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:53
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for How businesses can serve everyone, not just shareholders | ||
TED Translators admin approved Portuguese subtitles for How businesses can serve everyone, not just shareholders | ||
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for How businesses can serve everyone, not just shareholders | ||
Norberto Amaral edited Portuguese subtitles for How businesses can serve everyone, not just shareholders | ||
Norberto Amaral edited Portuguese subtitles for How businesses can serve everyone, not just shareholders | ||
Norberto Amaral edited Portuguese subtitles for How businesses can serve everyone, not just shareholders |