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A arte que explora o tempo e a memória

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    Quero começar com uma pergunta:
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    onde começa uma obra de arte?
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    Às vezes, essa pergunta é absurda.
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    Pode parecer ilusoriamente simples,
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    como foi quando fiz a pergunta
    sobre a obra "Portable Planetarium",
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    que fiz em 2010.
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    Fiz a seguinte pergunta:
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    "Como seria construir
    o próprio planetário?"
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    Sei que perguntam isso todas as manhãs,
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    mas fiz essa pergunta a mim mesma.
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    E, como uma artista,
    estava pensando em nosso esforço,
  • 0:33 - 0:39
    em nosso desejo e em nosso anseio
    que temos tido ao longo dos anos
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    para dar sentido ao mundo a nossa volta
  • 0:42 - 0:43
    utilizando materiais.
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    Para mim, tentar encontrar
    o tipo de maravilha,
  • 0:47 - 0:52
    bem como um tipo de futilidade
    que reside em cada busca frágil,
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    é parte da minha obra.
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    Assim, reúno os materiais
    que encontro ao meu redor
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    e os agrego para tentar
    criar experiências envolventes
  • 1:02 - 1:07
    que ocupam salas, paredes,
    paisagens e edifícios.
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    Mas, por fim, quero
    que eles ocupem a memória.
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    Depois que realizo um trabalho,
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    penso que sempre há uma memória
    dele que fica gravada na minha mente.
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    E essa é a memória para mim...
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    foi uma experiência repentina
    e um tanto surpreendente
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    de inserir-me nessa obra de arte.
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    Ela ficou comigo e reapareceu
    em meu trabalho
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    cerca de dez anos mais tarde.
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    Mas quero falar do meu estúdio
    na época da pós-graduação.
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    Acho interessante que, às vezes,
    ao começar um trabalho,
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    é preciso apenas limpar
    bem a superfície e retirar tudo.
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    Talvez isso não se pareça com "limpar"
    a superfície, mas era para mim.
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    Eu tinha estudado pintura
    por cerca de dez anos
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    e, quando comecei a pós-graduação,
  • 1:52 - 1:55
    percebi que tinha desenvolvido
    o talento, mas não tinha um tema.
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    Era como uma habilidade atlética,
    porque podia pintar a figura rapidamente,
  • 1:58 - 2:00
    mas não sabia o porquê;
  • 2:00 - 2:02
    conseguia pintá-la bem,
    mas ela não tinha conteúdo.
  • 2:02 - 2:06
    Então, decidi pôr todas as pinturas
    de lado por um tempo
  • 2:06 - 2:09
    e me fiz esta pergunta:
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    "Por que e como os objetos
    adquirem valor para nós?"
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    Por que uma camisa como esta aqui,
    que milhares de pessoas usam,
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    de certa forma, me faz sentir dona dela?
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    Comecei a fazer uma experiência:
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    decidi reunir materiais
    que tinham uma certa qualidade,
  • 2:26 - 2:29
    eram produzidos em massa
    e de fácil aquisição,
  • 2:29 - 2:34
    totalmente projetados para o propósito
    de uso, não pela estética.
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    Eram coisas como palitos de dente,
    tachinhas e pedaços de papel higiênico,
  • 2:39 - 2:44
    para descobrir se a maneira de empregar
    minha energia, minha mão, meu tempo
  • 2:44 - 2:46
    e o comportamento poderiam realmente
  • 2:46 - 2:49
    gerar um tipo de valor
    para o trabalho em si.
  • 2:49 - 2:52
    Uma das outras ideias era
    que o trabalho tivesse vida.
  • 2:52 - 2:55
    Então, queria tirá-lo do pedestal,
    sem uma moldura em volta dele,
  • 2:55 - 2:58
    para que não fosse a experiência
    de você ter encontrado algo
  • 2:58 - 3:00
    que te disseram que era importante,
  • 3:00 - 3:03
    mas que você descobriu
    que era em seu próprio tempo.
  • 3:04 - 3:07
    É como um antigo conceito em escultura,
  • 3:07 - 3:12
    que vem a ser: como dar vida
    a materiais inanimados?
  • 3:12 - 3:16
    Então, eu ia a um espaço como este,
    no qual havia uma parede
  • 3:16 - 3:18
    e usava a própria pintura,
  • 3:18 - 3:22
    removia a pintura da parede no espaço
    para criar uma escultura.
  • 3:22 - 3:24
    Também estava interessada na ideia
  • 3:24 - 3:28
    de que os termos "escultura",
    "pintura" e "instalação"
  • 3:28 - 3:31
    não influenciavam a maneira
    como realmente vemos o mundo.
  • 3:31 - 3:36
    Queria eliminar essas fronteiras entre
    os meios dos quais os artistas falam,
  • 3:37 - 3:40
    bem como desfocar a experiência
    de estar na vida e estar na arte,
  • 3:40 - 3:42
    de modo que, quando
    vocês vivem o cotidiano
  • 3:42 - 3:44
    ou estão diante de uma de minhas obras,
  • 3:44 - 3:48
    veem e reconhecem o dia a dia,
  • 3:48 - 3:52
    podem levar essa experiência
    para as suas vivências
  • 3:52 - 3:56
    e, talvez, ver a arte na vida diária.
  • 3:56 - 3:58
    Eu fazia pós-graduação nos anos 90
  • 3:58 - 4:01
    e meu estúdio foi se enchendo
    cada vez mais de imagens,
  • 4:01 - 4:02
    assim como minha vida.
  • 4:02 - 4:06
    E essa confusão entre imagens e objetos
  • 4:06 - 4:10
    era de fato parte da minha tentativa
    dar sentido aos materiais.
  • 4:10 - 4:12
    Além disso, estava interessada
    em como isso poderia mudar
  • 4:12 - 4:15
    a maneira como vivenciamos o tempo.
  • 4:15 - 4:18
    Se vivenciamos o tempo
    por meio dos materiais,
  • 4:18 - 4:23
    o que acontece quando a imagens
    e os objetos se confundem no espaço?
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    Então, comecei a fazer alguns
    desses experimentos com imagens.
  • 4:27 - 4:31
    Se voltarmos no tempo, os anos 1880,
  • 4:31 - 4:35
    foi quando as primeiras fotografias
    começaram a se transformar em filmes.
  • 4:35 - 4:41
    Foram o resultado de estudos
    do movimento dos animais,
  • 4:41 - 4:44
    como os cavalos nos EUA
    e os pássaros na França.
  • 4:44 - 4:49
    Esses estudos de movimento, aos poucos,
    como os zootrópios, tornaram-se filmes.
  • 4:49 - 4:53
    Decidi que usaria um animal
    e brincaria com essa ideia
  • 4:53 - 4:59
    de como a imagem não é estática,
    de que se movimenta no espaço.
  • 4:59 - 5:03
    Escolhi o guepardo como meu personagem,
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    pois é o animal terrestre mais rápido.
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    Ele detém esse recorde e queria usá-lo
  • 5:10 - 5:14
    na verdade como tipo de bastão
    para medir o tempo.
  • 5:14 - 5:19
    E foi assim que ele ficou na escultura,
    enquanto se movimentava pelo espaço.
  • 5:19 - 5:22
    O enquadramento da imagem
    está fragmentado no espaço,
  • 5:22 - 5:28
    porque coloquei um bloco de papel
    e fiz com que projetasse sobre ele.
  • 5:28 - 5:31
    Fiz esse experimento
    onde há um tipo de corrida
  • 5:31 - 5:34
    e essas novas ferramentas e o vídeo
    com os quais eu podia brincar.
  • 5:34 - 5:37
    O falcão se move adiante no alto,
    o guepardo vem em segundo lugar
  • 5:37 - 5:40
    e o rinoceronte vem depois,
    tentando alcançá-los.
  • 5:40 - 5:43
    Em outro experimento que fiz,
    estava pensando como seria
  • 5:43 - 5:47
    se tentássemos nos lembrar
    de algo que nos aconteceu
  • 5:47 - 5:50
    quando tínhamos uns dez anos de idade.
  • 5:50 - 5:53
    É muito difícil lembrar até mesmo
    do que aconteceu naquela época;
  • 5:53 - 5:56
    recordo-me de talvez uma ou duas coisas.
  • 5:56 - 6:02
    E aquele momento único se expandiu
    na minha mente e assim ficou o ano todo.
  • 6:03 - 6:06
    Não vivenciamos o tempo
    em minutos ou em segundos.
  • 6:06 - 6:10
    Este é um momento do vídeo que fiz,
  • 6:10 - 6:15
    impresso em um pedaço de papel rasgado,
    com a projeção sobre ele.
  • 6:15 - 6:17
    Eu queria brincar com a ideia
  • 6:17 - 6:22
    de como, nesse tipo de imersão total
    de imagens que nos envolvem,
  • 6:22 - 6:27
    uma imagem pode de fato crescer
  • 6:27 - 6:29
    e nos perseguir.
  • 6:29 - 6:34
    Esses são 3 experimentos de uns 100
    que tentei fazer com imagens
  • 6:34 - 6:37
    durante mais de uma década,
    mas que não haviam sido expostos,
  • 6:37 - 6:42
    e pensei em como levá-los para fora
    do estúdio, para um espaço público,
  • 6:42 - 6:45
    mas conservar a energia
  • 6:45 - 6:50
    típica de um laboratório ou estúdio.
  • 6:50 - 6:52
    Uma exposição se aproximava e eu disse:
  • 6:52 - 6:55
    "Vou colocar minha escrivaninha
    bem no meio da sala".
  • 6:55 - 6:57
    Eu a levei para a sala
  • 6:58 - 7:02
    e foi algo que me surpreendeu.
  • 7:02 - 7:07
    As imagens eram meio trêmulas
    por causa das telas de vídeo ao longe.
  • 7:07 - 7:11
    Todos os projetores estavam sobre ela,
    criando um espaço ao redor,
  • 7:11 - 7:14
    e algo como uma chama
    que tremulava me atraía.
  • 7:14 - 7:19
    A peça me envolvia em uma escala
    com a qual todos nos familiarizamos:
  • 7:19 - 7:24
    a de estarmos imersos face
    a uma escrivaninha, pia ou mesa,
  • 7:24 - 7:28
    e então retornar a essa escala
  • 7:28 - 7:32
    individualizada do corpo
    em relação à imagem.
  • 7:32 - 7:33
    Mas, nessa superfície,
  • 7:33 - 7:38
    havia projeções no papel
    que era soprado pelo vento,
  • 7:38 - 7:41
    de modo que formava uma confusão
    sobre o que era uma imagem
  • 7:41 - 7:42
    e o que era um objeto.
  • 7:42 - 7:45
    Foi assim que o trabalho ficou
    quando o levei para uma sala maior
  • 7:45 - 7:47
    e, somente quando fiz essa peça,
  • 7:47 - 7:52
    dei-me conta de que tinha feito
    de fato o interior de um planetário,
  • 7:52 - 7:54
    sem mesmo perceber antes.
  • 7:54 - 7:58
    Quando era criança,
    eu amava ir ao planetário.
  • 7:59 - 8:04
    Naquele tempo, além das imagens
    fantásticas no teto,
  • 8:04 - 8:08
    era também possível ouvir o próprio
    projetor, rangendo e estalando,
  • 8:08 - 8:11
    e havia uma câmera fantástica
    no meio da sala.
  • 8:11 - 8:15
    Naquele tempo, ao ver o público
    ao redor, olhando para cima,
  • 8:15 - 8:18
    os espectadores que ficavam no círculo,
  • 8:18 - 8:21
    sentia como se fizesse parte deles.
  • 8:21 - 8:25
    Essa é uma imagem da Internet que baixei,
  • 8:25 - 8:28
    são de pessoas que tiram fotos
    de si mesmas na obra.
  • 8:28 - 8:32
    Gosto dela, pois é possível ver
    como as figuras se misturam à obra.
  • 8:33 - 8:37
    Pode-se ver a sombra
    de um visitante contra a projeção,
  • 8:37 - 8:40
    e também as projeções
    através da camisa de uma pessoa.
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    Havia uns autorretratos feitos
    na obra em si e que foram postados depois.
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    Pareciam um tipo de processo
    cíclico de criação de imagens,
  • 8:48 - 8:50
    algo que tinha uma finalidade.
  • 8:50 - 8:55
    Mas me remeteu ao planetário,
    ao seu interior,
  • 8:55 - 8:57
    e retomei a pintura,
  • 8:57 - 9:01
    pensando no que ela realmente
    representava para mim,
  • 9:01 - 9:04
    nas imagens interiores
    que todos nós temos.
  • 9:04 - 9:06
    Há muitas imagens interiores,
  • 9:06 - 9:09
    mas prestamos atenção
    ao que está no exterior.
  • 9:09 - 9:13
    Como armazenamos memória em nossa mente,
  • 9:13 - 9:18
    como certas imagens surgem do nada
    ou se desfazem com o tempo?
  • 9:18 - 9:21
    Comecei a chamar
    esta série de "Afterimage",
  • 9:21 - 9:25
    que é uma referência à ideia
    de que se fecharmos os olhos bem agora,
  • 9:25 - 9:28
    poderemos ver essa luz
    tremulante que perdura.
  • 9:28 - 9:30
    Quando abrimos os olhos,
    a luz permanece.
  • 9:30 - 9:32
    Isso acontece o tempo todo.
  • 9:32 - 9:35
    A imagem residual é algo
    que uma fotografia
  • 9:35 - 9:37
    nunca conseguirá substituir,
  • 9:37 - 9:39
    nunca será sentida em uma fotografia.
  • 9:39 - 9:43
    Isso realmente nos lembra
    dos limites da lente da câmera.
  • 9:43 - 9:46
    Foi essa ideia de fazer imagens
    que estavam fora de mim,
  • 9:46 - 9:47
    este é o meu estúdio,
  • 9:48 - 9:52
    e então tentar imaginar como seriam
    representadas dentro de mim.
  • 9:52 - 9:53
    Bem rapidamente,
  • 9:53 - 9:59
    vou explicar como um processo poderia
    se desenvolver para a próxima peça.
  • 9:59 - 10:01
    Ele pode começar com um esboço
  • 10:01 - 10:05
    ou uma imagem do século 18
    que tenho na memória:
  • 10:05 - 10:07
    o "Coliseu", de Piranesi.
  • 10:08 - 10:10
    Ou um modelo do tamanho
    de uma bola de basquete:
  • 10:10 - 10:12
    construí essa estrutura ao redor,
  • 10:12 - 10:15
    e a escala está demonstrada
    pelo copo vermelho atrás dele.
  • 10:15 - 10:18
    Aquele modelo pode ser colocado
    em uma peça maior como uma semente,
  • 10:18 - 10:20
    que pode se transformar em uma peça maior
  • 10:20 - 10:24
    e ocupar um espaço bem grande.
  • 10:24 - 10:29
    Mas pode caber em um vídeo
    que acabou de ser feito com meu "iPhone",
  • 10:29 - 10:33
    de uma poça do lado de fora
    do meu estúdio, em um noite chuvosa.
  • 10:34 - 10:38
    Essa é uma imagem residual
    da pintura feita na minha mente,
  • 10:38 - 10:42
    que pode desbotar, assim com a memória.
  • 10:42 - 10:47
    Essa é a escala de um imagem bem pequena
    do meu caderno de desenhos.
  • 10:47 - 10:49
    Vejam como ela se expande
  • 10:49 - 10:52
    em uma estação de metrô
    que ocupa três quarteirões.
  • 10:52 - 10:55
    Percebam que ir a uma estação de metrô
  • 10:55 - 10:59
    é como uma jornada pelas páginas
    de um caderno de desenhos,
  • 10:59 - 11:04
    como um tipo de diário de trabalho
    escrito através de um espaço público,
  • 11:04 - 11:07
    e é como folhear as páginas
    de 20 anos de trabalho,
  • 11:07 - 11:09
    enquanto percorrem a estação.
  • 11:09 - 11:13
    Mas até mesmo esse esboço
    tem de fato uma origem diferente,
  • 11:13 - 11:19
    em uma escultura da altura
    um edifício de seis andares
  • 11:19 - 11:22
    e que foi a escala de um gato em 2002.
  • 11:22 - 11:25
    Lembro-me disso, porque eu tinha
    dois gatos negros naquela época.
  • 11:26 - 11:28
    Essa é uma imagem de uma obra do Japão,
  • 11:28 - 11:31
    cuja imagem residual
    pode ser vista no metrô.
  • 11:31 - 11:32
    Essa é em Veneza,
  • 11:33 - 11:35
    na qual podem ver a imagem
    gravada na parede.
  • 11:35 - 11:40
    Fiz essa escultura em 2001, no Museu
    de Arte Moderna de São Francisco,
  • 11:40 - 11:42
    que criou esse tipo de linha dinâmica,
  • 11:42 - 11:45
    e me apropriei dela para criar
    a linha dinâmica
  • 11:45 - 11:48
    enquanto se desce para a estação de metrô.
  • 11:48 - 11:51
    Essa fusão de meios
    é muito interessante para mim.
  • 11:51 - 11:54
    Como é possível tomar uma linha
    tensa, como uma escultura,
  • 11:54 - 11:56
    e colocá-la em uma impressão?
  • 11:56 - 11:58
    Ou utilizar uma linha
    com um desenho em uma escultura
  • 11:58 - 12:01
    para criar uma perspectiva dramática?
  • 12:01 - 12:04
    Como uma pintura pode imitar
    o processo de gravura?
  • 12:05 - 12:08
    Como uma instalação pode usar
    as lentes da câmera
  • 12:08 - 12:10
    para conceber uma paisagem?
  • 12:10 - 12:15
    Como uma pintura em corda
    pode tornar-se um momento na Dinamarca,
  • 12:15 - 12:18
    em meio a uma caminhada?
  • 12:18 - 12:21
    Como é possível criar uma obra
    no parque "High Line",
  • 12:21 - 12:24
    que se camufla na própria natureza
  • 12:24 - 12:27
    e se torna um habitat
    para os que estão ao redor dela?
  • 12:29 - 12:32
    Vou terminar com duas obras
    que estou fazendo agora.
  • 12:32 - 12:34
    Essa obra se chama "Fallen Sky"
  • 12:34 - 12:37
    e será uma comissão permanente
    no Vale do Rio Hudson.
  • 12:37 - 12:40
    É como se o planetário finalmente descesse
  • 12:40 - 12:43
    e se estabelecesse na terra.
  • 12:43 - 12:46
    Esse é um trabalho de 2013
    que será reinstalado,
  • 12:46 - 12:50
    que terá uma nova vida com a reabertura
    do Museu de Arte Moderna.
  • 12:50 - 12:54
    Essa é uma obra cuja ferramenta
    em si é uma escultura.
  • 12:54 - 12:57
    À medida que o pêndulo balança,
  • 12:57 - 12:59
    é usado como uma ferramenta
    para criar a obra.
  • 12:59 - 13:02
    Cada pilha de objetos
  • 13:02 - 13:08
    vai a um centímetro
    até a ponta do pêndulo.
  • 13:08 - 13:12
    Assim, temos a combinação
    da calma daquele lindo balanço,
  • 13:12 - 13:16
    mas também a tensão constante
    que poderia destruir a própria obra.
  • 13:16 - 13:20
    Não importa realmente onde
    algumas dessas obras sejam instaladas,
  • 13:20 - 13:23
    porque o ponto verdadeiro para mim
  • 13:23 - 13:26
    é que elas permaneçam
    em nossa memória ao longo do tempo,
  • 13:26 - 13:29
    e que produzam ideias além de si mesmas.
  • 13:30 - 13:31
    Obrigada.
  • 13:31 - 13:33
    (Aplausos)
Title:
A arte que explora o tempo e a memória
Speaker:
Sarah Sze
Description:

A artista Sarah Sze nos conduz em uma jornada caleidoscópica por seu trabalho: instalações envolventes tão altas quando edifícios, salpicadas pelas paredes, orbitando pelas galerias, desfazendo os limites entre tempo, memória e arte. Explore como damos significado aos objetos nesta bela incursão pela arte multimídia e experimental de Sze.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:51

Portuguese, Brazilian subtitles

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