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As mídias sociais estão prejudicando sua saúde mental? | Bailey Parnell | TEDxRyersonU

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    Eu sou gorda.
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    Nossa, eu sou gorda.
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    Ela só tem 19 anos? O que estou
    fazendo com a minha vida?
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    Olha, duas curtidas. Legal!
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    Será que eu curto essa foto?
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    Ela realmente precisa de mais curtidas?
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    Espero ser convidada para o casamento.
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    Mais uma curtida, legal!
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    Bem-vindos ao monólogo interno
    de um típico passeio por uma rede social.
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    Um monólogo que muitos
    de nós têm todos os dias,
  • 0:39 - 0:43
    mas não pensamos sobre isso,
    não falamos sobre isso.
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    Na verdade, muitos nem percebem
    que isso está acontecendo.
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    Eu sou Bailey Parnell,
  • 0:48 - 0:51
    vou discutir as consequências indesejadas
  • 0:51 - 0:53
    das mídias sociais em sua saúde mental.
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    Mostrarei o que os estressa todos os dias,
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    o que isso faz com vocês
  • 0:57 - 1:00
    e como podem criar
    uma experiência on-line melhor.
  • 1:02 - 1:04
    Há cerca de um ano,
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    minha irmã e eu fizemos uma viagem
    de quatro dias para Jasper, em Alberta.
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    Era a primeira viagem não relacionada
    a trabalho que eu fazia em quatro anos.
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    Nessas férias, eu ia me isolar.
  • 1:16 - 1:21
    Liguei o modo avião,
    sem e-mail e sem redes sociais.
  • 1:21 - 1:23
    No primeiro dia,
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    eu experienciei a síndrome
    da vibração fantasma.
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    É quando você pensa que seu celular vibrou
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    e vai checá-lo, mas ele não vibrou.
  • 1:29 - 1:31
    Eu estava checando incessantemente.
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    Eu me distraía nas conversas.
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    Via as maravilhosas paisagens
    que Jasper tem a oferecer,
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    e minha primeira reação
    era pegar meu celular
  • 1:38 - 1:40
    e postar aquilo na Internet.
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    Mas, claro, o telefone não estava lá.
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    O segundo dia foi um pouco mais fácil.
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    Você pode pensar que eu sou ridícula,
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    mas há quatro anos eu não ficava
    completamente desconectada.
  • 1:51 - 1:53
    Isso era praticamente
    uma nova experiência.
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    Somente no meu quarto dia lá,
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    finalmente fiquei confortável
    sem meu celular.
  • 1:58 - 2:01
    Eu estava sentada com a minha irmã
    literalmente no pé desta montanha,
  • 2:01 - 2:03
    quando comecei a pensar:
  • 2:03 - 2:06
    "O que a mídia social está fazendo comigo?
  • 2:06 - 2:08
    O que está fazendo com meus colegas?"
  • 2:08 - 2:11
    Foram apenas quatro dias
    e foram cheios de ansiedade,
  • 2:11 - 2:14
    foram estressantes
    e com sintomas de abstinência.
  • 2:15 - 2:17
    Foi quando comecei a questionar
  • 2:17 - 2:20
    e acabei por iniciar uma pesquisa
    de mestrado nesse assunto.
  • 2:22 - 2:25
    Eu trabalhei em marketing social,
    sobretudo no ensino superior,
  • 2:25 - 2:26
    pela maior parte da minha carreira.
  • 2:26 - 2:30
    Isso quer dizer que eu trabalho
    muito com pessoas de 18 a 24 anos,
  • 2:30 - 2:34
    que também são a faixa etária
    mais ativa nas mídias sociais.
  • 2:35 - 2:37
    Outra coisa que precisam saber sobre mim
  • 2:37 - 2:40
    é que sou jovem o suficiente
    para ter crescido com redes sociais,
  • 2:40 - 2:43
    mas velha o suficiente
    para usá-las de forma crítica,
  • 2:43 - 2:45
    de um jeito que aos 12 anos
    provavelmente não poderia.
  • 2:46 - 2:50
    Minha vida é a mídia social: pessoalmente,
    profissionalmente e academicamente.
  • 2:50 - 2:54
    Se ela estava fazendo isso comigo,
    o que fazia com o resto do mundo?
  • 2:55 - 2:58
    Logo descobri que não estava sozinha.
  • 3:00 - 3:03
    O Center for Collegiate Mental Health
    descobriu que os três diagnósticos
  • 3:03 - 3:07
    mais comuns em campus universitários
    são ansiedade, depressão e estresse.
  • 3:08 - 3:12
    Diversos estudos dos EUA,
    Canadá, Inglaterra, entre outros,
  • 3:12 - 3:14
    conectaram esse elevado uso
    de redes sociais
  • 3:14 - 3:17
    a esses altos índices
    de ansiedade e depressão.
  • 3:18 - 3:20
    Mas o assustador é
    que quase todos que eu conheço
  • 3:20 - 3:22
    fazem uso elevado de redes sociais:
  • 3:23 - 3:25
    meus amigos, minha família, meus colegas.
  • 3:26 - 3:30
    Noventa por cento das pessoas
    de 18 a 29 anos estão nas redes sociais.
  • 3:31 - 3:34
    Nós gastamos em média
    duas horas por dia nelas.
  • 3:34 - 3:37
    Nós nem mesmo comemos
    durante duas horas por dia.
  • 3:37 - 3:41
    Cerca de 70% da população canadense
    está nas redes sociais.
  • 3:42 - 3:45
    Não temos 70% dos eleitores
    comparecendo às urnas.
  • 3:45 - 3:50
    Qualquer coisa que façamos tanto
    merece uma observação crítica.
  • 3:50 - 3:54
    Qualquer coisa que tome tanto nosso tempo
    terá um efeito prolongado em nós.
  • 3:55 - 3:56
    Então deixem-me apresentar
  • 3:56 - 3:59
    os quatro fatores estressantes
    mais comuns em mídias sociais,
  • 3:59 - 4:01
    que, se não controlarmos,
  • 4:01 - 4:04
    têm o potencial de se tornarem
    grandes problemas de saúde mental,
  • 4:04 - 4:06
    e essa não é uma lista exaustiva.
  • 4:08 - 4:10
    Número um: a Coleção dos Destaques.
  • 4:11 - 4:13
    Como nos esportes,
  • 4:13 - 4:16
    os destaques são uma coleção
    de melhores momentos.
  • 4:17 - 4:19
    As redes sociais são
    os nossos destaques pessoais.
  • 4:19 - 4:22
    É onde exibimos nossas vitórias,
    nossas fotos bonitas
  • 4:22 - 4:24
    ou em eventos com amigos e família.
  • 4:24 - 4:26
    Mas "nós lutamos contra a insegurança
  • 4:26 - 4:28
    porque comparamos nossos bastidores
  • 4:28 - 4:30
    aos destaques da vida dos outros".
  • 4:30 - 4:33
    Estamos constantemente
    nos comparando aos outros.
  • 4:33 - 4:36
    Sim, isso acontecia
    antes das redes sociais,
  • 4:36 - 4:38
    com a TV e as celebridades,
  • 4:38 - 4:41
    mas agora acontece o tempo todo,
    e está diretamente ligado a você.
  • 4:43 - 4:46
    Aqui está um exemplo perfeito
    que achei ao preparar essa palestra:
  • 4:46 - 4:49
    uma amiga em férias: "Volto já, soneca".
  • 4:49 - 4:50
    (Risos)
  • 4:51 - 4:53
    "Espera, por que eu não posso ter férias?
  • 4:53 - 4:56
    Por que estou aqui sentada,
    de pijama, vendo Netflix?
  • 4:56 - 4:58
    Quero estar na praia."
  • 4:59 - 5:01
    A questão é que eu conheço ela muito bem.
  • 5:02 - 5:04
    Eu sei que para ela isso
    era algo fora do comum.
  • 5:04 - 5:07
    Sei que normalmente
    ela se afoga em trabalho.
  • 5:07 - 5:09
    Mas pensamos: "Quem quer ver isso?"
  • 5:09 - 5:11
    Os destaques são
    o que as pessoas querem ver.
  • 5:11 - 5:14
    Na verdade, quando seus destaques vão bem,
  • 5:14 - 5:16
    vocês encontram o segundo fator
    de estresse na mídia social.
  • 5:17 - 5:20
    Número dois: Moeda Social.
  • 5:22 - 5:26
    Assim como o dólar, uma moeda
    é literalmente algo que usamos
  • 5:26 - 5:28
    para atribuir valor a um bem ou serviço.
  • 5:29 - 5:32
    Curtidas, comentários
    e compartilhamentos nas mídias sociais
  • 5:32 - 5:36
    tornaram-se uma forma de moeda social
    com a qual atribuímos valor a algo.
  • 5:37 - 5:40
    No marketing, chamamos isso
    de "Economia da Atenção".
  • 5:40 - 5:42
    Tudo está competindo pela sua atenção,
  • 5:42 - 5:46
    e quando você curte algo
    ou lhe dá um pedaço finito de atenção,
  • 5:46 - 5:49
    isso se torna uma transação registrada
    de atribuição de valor.
  • 5:49 - 5:52
    O que é ótimo, se você
    vende discos ou roupas.
  • 5:53 - 5:56
    O problema é que em nossas redes sociais,
  • 5:56 - 5:57
    nós somos o produto.
  • 5:57 - 6:00
    Estamos deixando os outros
    definirem nosso valor.
  • 6:01 - 6:03
    Vocês conhecem alguém, ou são alguém,
    que já apagou uma foto
  • 6:03 - 6:06
    porque ela não recebeu tantas curtidas
    quanto era esperado.
  • 6:07 - 6:09
    Eu admito, já passei por isso.
  • 6:09 - 6:14
    Tiramos nosso produto da prateleira
    porque não estava vendendo rápido.
  • 6:15 - 6:18
    Isso está mudando
    nosso senso de identidade.
  • 6:18 - 6:21
    Estamos vinculando nossa autoestima
    ao que os outros pensam
  • 6:21 - 6:23
    e, depois, quantificando-a publicamente.
  • 6:24 - 6:25
    E estamos obcecados.
  • 6:25 - 6:30
    Temos que conseguir a "selfie" perfeita,
    e vamos tirar 300 fotos para garanti-la.
  • 6:30 - 6:33
    Depois esperamos pelo momento
    perfeito para publicá-la.
  • 6:35 - 6:37
    Estamos tão obcecados
  • 6:37 - 6:40
    que temos reações biológicas
    quando não podemos participar.
  • 6:41 - 6:44
    O que me leva ao terceiro
    fator de estresse nas redes sociais.
  • 6:44 - 6:46
    Número três: Medo de Ficar de Fora.
  • 6:47 - 6:49
    É uma frase banal que todos já usamos.
  • 6:50 - 6:54
    O medo de ficar de fora
    é uma ansiedade social real,
  • 6:54 - 6:57
    derivada do medo de estar perdendo
    um potencial contato,
  • 6:57 - 6:59
    evento ou oportunidade.
  • 6:59 - 7:02
    Um grupo de universidades canadenses
    descobriu que sete a cada dez estudantes
  • 7:02 - 7:05
    deletariam suas contas de redes sociais
  • 7:05 - 7:08
    se não fosse pelo medo
    de serem deixados de fora.
  • 7:08 - 7:11
    Por curiosidade, quantas pessoas aqui
  • 7:11 - 7:14
    desativaram ou já consideraram
    desativar suas mídias sociais?
  • 7:15 - 7:16
    Quase todo mundo.
  • 7:18 - 7:21
    Esse medo que vocês sentem,
    a coleção de destaques e a moeda social
  • 7:22 - 7:26
    são todos resultados de uma experiência
    relativamente "normal" nas redes sociais.
  • 7:27 - 7:30
    Mas e se acessar essas redes todos os dias
    fosse uma experiência terrível?
  • 7:30 - 7:32
    Na qual não só questionassem seu valor,
  • 7:32 - 7:34
    mas sua segurança?
  • 7:34 - 7:38
    Talvez o pior fator de estresse
    seja o número quatro:
  • 7:38 - 7:39
    Assédio On-line.
  • 7:41 - 7:45
    Dos adultos na internet,
    40% já experienciaram assédio on-line.
  • 7:46 - 7:48
    E 73% testemunharam assédios on-line.
  • 7:49 - 7:53
    A triste realidade é que isso é bem pior
    e muito mais provável de acontecer
  • 7:53 - 7:56
    se você for uma mulher, um LGBTQ,
    uma pessoa não branca, um muçulmano...
  • 7:56 - 7:58
    Acho que vocês entendem a questão.
  • 7:58 - 8:02
    O problema é que na mídia
    vemos essas grandes notícias:
  • 8:02 - 8:04
    Tyler Clementi, de 18 anos,
  • 8:04 - 8:08
    matou-se depois que seu colega de quarto
    filmou escondido seu beijo com outro homem
  • 8:08 - 8:10
    e o expôs no Twitter.
  • 8:11 - 8:14
    Vemos mulheres como Anita Sarkeesian
    serem quase humilhadas na Internet
  • 8:14 - 8:17
    e receberem ameaças de morte
    e estupro por serem feministas.
  • 8:17 - 8:20
    Vemos essas histórias
    depois que já é tarde demais.
  • 8:21 - 8:24
    E quanto aos assédios on-line cotidianos?
  • 8:24 - 8:27
    E aquela foto feia de Snapchat
    que você enviou a um amigo
  • 8:27 - 8:30
    esperando que continuasse privada,
    e agora está no Facebook?
  • 8:30 - 8:33
    "E daí? É só uma foto, é engraçada."
  • 8:33 - 8:35
    "Só um comentário maldoso, nada demais."
  • 8:36 - 8:40
    Mas quando esses micromomentos
    acontecem o tempo tempo,
  • 8:40 - 8:43
    temos um macroproblema.
  • 8:44 - 8:46
    Temos que reconhecer
    esses casos cotidianos também.
  • 8:47 - 8:50
    Pois se eles e seus efeitos
    passarem despercebidos,
  • 8:50 - 8:53
    teremos muitos outros Tyler Clementis.
  • 8:54 - 8:56
    Nem sempre é fácil reconhecer os efeitos.
  • 8:56 - 9:00
    Quantos de vocês notaram
    as notificações no topo da minha tela?
  • 9:00 - 9:02
    Quantos de vocês, como eu,
  • 9:02 - 9:05
    estão incomodados por estarem
    marcadas como não visualizadas?
  • 9:05 - 9:09
    Tá, deixem-me resolver isso para vocês.
    (Suspiro) Tudo certo!
  • 9:11 - 9:14
    Esse é um pequeno exemplo
    do que isso pode fazer com vocês.
  • 9:14 - 9:16
    Talvez vocês simplesmente
    não consigam se concentrar,
  • 9:16 - 9:20
    porque têm muitas notificações
    e precisam checá-las.
  • 9:20 - 9:24
    Essa necessidade, por fim,
    se torna um vício.
  • 9:24 - 9:27
    Com as mídias sociais, já temos prejuízos
  • 9:27 - 9:29
    similares àquelas
    de dependência de drogas.
  • 9:30 - 9:34
    A cada curtida, recebe-se uma injeção
    do composto químico do prazer, a dopamina.
  • 9:34 - 9:38
    Vocês ganham mais da moeda social.
    Então, o que fazemos para nos sentir bem?
  • 9:38 - 9:40
    Nós checamos nossas curtidas,
    só mais uma vez.
  • 9:41 - 9:43
    Postamos, só mais uma vez.
  • 9:44 - 9:47
    Ficamos ansiosos, se não temos acesso.
  • 9:47 - 9:50
    Isso não se parece com qualquer droga
    da qual já ouviram falar?
  • 9:51 - 9:52
    Sim!
  • 9:53 - 9:54
    Então, quando isso aumenta,
  • 9:54 - 9:57
    quando não confrontamos
    o uso excessivo das redes sociais,
  • 9:57 - 10:00
    vemos os índices crescentes
    de ansiedade e depressão:
  • 10:00 - 10:03
    medo de ficar de fora, distrações,
    destaques, comparações;
  • 10:03 - 10:05
    é muita coisa e é o tempo todo!
  • 10:07 - 10:09
    A Associação Canadense de Saúde Mental
  • 10:09 - 10:14
    apurou que alunos do sexto ao último ano
    que ficam duas horas por dia nessas redes
  • 10:14 - 10:18
    relataram níveis mais altos de ansiedade,
    depressão e pensamentos suicidas.
  • 10:20 - 10:23
    Para vocês que estão fazendo as contas,
    são crianças de 12 anos ou mais.
  • 10:26 - 10:30
    É o seguinte: eu gosto de redes sociais.
  • 10:30 - 10:31
    Gosto mesmo, amo.
  • 10:31 - 10:33
    Depois do que eu disse hoje,
  • 10:33 - 10:35
    vocês podem pensar
    que eu quero me livrar delas.
  • 10:35 - 10:36
    Mas não quero.
  • 10:36 - 10:38
    Eu não acho que elas vão desaparecer,
  • 10:38 - 10:40
    então não vou perder meu tempo
  • 10:40 - 10:43
    dizendo a vocês para gastarem
    menos tempo nessas redes.
  • 10:43 - 10:46
    Francamente, não acho
    que se ausentar delas seja uma opção.
  • 10:46 - 10:49
    Mas isso não significa que não seja
    possível uma "prática segura".
  • 10:52 - 10:54
    Tudo que falei hoje
  • 10:54 - 10:58
    tem tudo e nada a ver
    com as redes sociais.
  • 10:59 - 11:02
    As redes sociais não são boas ou más.
  • 11:02 - 11:05
    Elas são só a nossa nova ferramenta
    para fazer o que sempre fizemos:
  • 11:06 - 11:08
    contar histórias e nos comunicar.
  • 11:08 - 11:12
    Vocês não culpariam a televisão Samsung
    por um programa de TV ruim.
  • 11:13 - 11:15
    O Twitter não faz com que pessoas
    escrevam textos de ódio.
  • 11:16 - 11:19
    Quando falamos desse lado mau
    das redes sociais,
  • 11:19 - 11:21
    estamos falando, na verdade,
    do lado mau das pessoas.
  • 11:21 - 11:23
    O lado mau que faz
    assediadores assediarem.
  • 11:23 - 11:26
    A insegurança que faz
    vocês apagarem uma foto
  • 11:26 - 11:27
    que estavam felizes em postar.
  • 11:27 - 11:30
    Aquele lado mau que vê uma foto
    de uma família feliz e se pergunta
  • 11:30 - 11:33
    por que a sua não se parece com ela.
  • 11:34 - 11:38
    Então, como pais,
    educadores, amigos, chefes
  • 11:38 - 11:41
    é nesse lado mau que precisamos focar.
  • 11:41 - 11:45
    Precisamos de estratégias
    para prevenir e remediar
  • 11:45 - 11:48
    para que, quando vocês tiverem
    seus dias ruins, e vocês os terão,
  • 11:48 - 11:52
    quando estiverem questionando seu valor,
    não fiquem tão mal quanto Tyler Clementi,
  • 11:53 - 11:55
    nem outros como ele.
  • 11:56 - 11:59
    "Certo, Bailey, como encontrar
    bem-estar com redes sociais?"
  • 11:59 - 12:00
    Aqui está a boa notícia:
  • 12:00 - 12:04
    reconhecer um problema é
    o primeiro passo para resolvê-lo.
  • 12:04 - 12:08
    Então ouvir esta palestra é exatamente
    o passo um: reconhecer o problema.
  • 12:08 - 12:10
    Vocês sabem do poder da sugestão,
  • 12:10 - 12:13
    quando alguém menciona algo
    e começamos a ver isso em todo lugar.
  • 12:13 - 12:15
    Por isso a conscientização é essencial.
  • 12:15 - 12:19
    Porque agora vocês serão
    mais capaz de reconhecer esses efeitos
  • 12:19 - 12:21
    se e quando acontecerem com vocês.
  • 12:23 - 12:26
    A segunda coisa que é preciso fazer
    é controlar a dieta de mídias sociais.
  • 12:28 - 12:30
    Assim como monitoramos
    o que colocamos na boca,
  • 12:30 - 12:33
    monitorem o que colocam
    em sua cabeça e em seu coração.
  • 12:33 - 12:37
    Perguntem-se: "Aquela visita ao Facebook
    fez com que me sentisse melhor ou pior?"
  • 12:37 - 12:40
    "Quantas vezes eu checo minhas curtidas?"
  • 12:40 - 12:43
    "Por que estou reagindo
    desta forma àquela foto?"
  • 12:43 - 12:46
    Depois se perguntem
    se estão felizes com os resultados.
  • 12:46 - 12:48
    Pode ser que sim, e tudo bem!
  • 12:48 - 12:51
    Mas se a resposta for não,
    avancem para o terceiro passo.
  • 12:52 - 12:54
    Criar uma experiência on-line melhor.
  • 12:55 - 12:56
    Meu companheiro se examinou
  • 12:56 - 12:59
    e viu que sua autoestima
    estava muito ligada às redes sociais,
  • 12:59 - 13:03
    mas eram especialmente as celebridades
    que o lembravam do que ele não tinha.
  • 13:03 - 13:06
    Então ele parou de seguir
    marcas e celebridades.
  • 13:07 - 13:08
    Isso funcionou para ele.
  • 13:08 - 13:10
    Mas as celebridades podem
    não ser o seu problema.
  • 13:10 - 13:13
    Eu tive que remover outras pessoas
    da minha linha do tempo.
  • 13:13 - 13:14
    Deixem-me contar um segredo.
  • 13:14 - 13:17
    Vocês não têm que seguir seus "amigos".
  • 13:18 - 13:20
    A verdade é que, às vezes, nossos amigos,
  • 13:20 - 13:23
    ou as pessoas que adicionamos
    no Facebook por educação,
  • 13:23 - 13:25
    não são legais on-line!
  • 13:25 - 13:28
    Ficamos no meio de uma guerra
    passivo-agressiva de postagens
  • 13:28 - 13:30
    que nem sabíamos que estava acontecendo.
  • 13:30 - 13:34
    Ou ficamos olhando para 50 fotos
    do mesmo show, tiradas do mesmo ângulo.
  • 13:34 - 13:36
    (Risos)
  • 13:36 - 13:41
    Se vocês quiserem seguir artistas,
    comediantes ou gatos, podem fazer isso.
  • 13:41 - 13:44
    A última coisa é ser um exemplo
    de bom comportamento.
  • 13:44 - 13:47
    Off-line, aprendemos a não maltratar
    outras crianças no recreio.
  • 13:47 - 13:50
    Ensinam-nos a respeitar os outros
    e a tratá-los como merecem.
  • 13:50 - 13:52
    A não diminuí-los quando estão pra baixo,
  • 13:52 - 13:54
    nem sentir prazer com suas desgraças.
  • 13:54 - 13:56
    A rede social é uma ferramenta.
  • 13:56 - 14:00
    Uma ferramenta que pode ser usada
    para o bem, para grupos positivos,
  • 14:00 - 14:03
    para revoluções, para colocar
    o Grumpy Cat nos filmes da Disney.
  • 14:03 - 14:05
    (Risos)
  • 14:05 - 14:07
    A Internet é um lugar esquisito.
  • 14:07 - 14:09
    As redes sociais prejudicam
    sua saúde mental?
  • 14:09 - 14:11
    A resposta é: elas
    não precisam prejudicar.
  • 14:12 - 14:16
    Sim, elas podem derrubar vocês,
    ou podem erguê-los,
  • 14:16 - 14:19
    deixá-los se sentindo
    melhor, fazê-los rir.
  • 14:21 - 14:22
    Por fim, eu tenho 24 horas em um dia,
  • 14:22 - 14:25
    se for gastar duas dessas horas
    nas redes sociais,
  • 14:25 - 14:30
    então quero que minhas experiências sejam
    cheias de inspiração, risadas, motivação,
  • 14:30 - 14:33
    e o Grumpy Cat em um monte
    de filmes da Disney.
  • 14:34 - 14:35
    Obrigada.
  • 14:35 - 14:37
    (Aplausos)
Title:
As mídias sociais estão prejudicando sua saúde mental? | Bailey Parnell | TEDxRyersonU
Description:

Navegar por nossas redes sociais parece uma parte inofensiva das nossas vidas diárias. Mas será que isso é realmente tão inofensivo quanto parece? Segundo a especialista em mídias sociais Bailey Parnell, nossa obsessão crescente e sem restrições com as redes sociais possui consequências inesperadas a longo prazo em nossa saúde mental. Como essas mídias continuam a ser parte do tecido da vida moderna, a "camada digital", a abstinência tem deixado de ser uma opção. Bailey acredita que está na hora de aprendermos a usar de forma segura as redes sociais, antes que seja tarde demais. Quais são os gatilhos mais comuns? Como eles estão afetando você com o passar do tempo? Como você pode criar uma experiência on-line mais positiva? Bailey aborda essas questões e outras mais em "As redes sociais estão prejudicando a sua saúde mental?".

Bailey Parnell foi recentemente nomeada uma das cem mulheres mais poderosas do Canadá (Canada's Top 100 Most Powerful Women). Ela é profissional de marketing digital premiada, oradora pública e empresária, com aptidão para ajudar pessoas a contar histórias melhores. Seu trabalho e experiência foram apresentados na CBC, CTV e em outros canais midiáticos locais de Toronto. Bailey recentemente fundou a SkillsCamp, uma empresa de treinamento de capacidades comportamentais ("soft skills"), que ajuda as pessoas a desenvolverem habilidades necessárias para o sucesso profissional. Atualmente, ela também trabalha em marketing digital na Universidade de Ryerson.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:45

Portuguese, Brazilian subtitles

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