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O que vem depois da tragédia? O perdão

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    Azim Khamisa: Nós, seres humanos, temos
    muitos momentos decisivos em nossa vida.
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    Às vezes, esses momentos são de alegria
  • 0:09 - 0:11
    e, às vezes, são de partir o coração,
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    trágicos.
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    Mas, nesses momentos decisivos, se formos
    capazes de fazer a escolha certa,
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    manifestamos, literalmente, um milagre
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    em nós e nos outros.
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    Meu único filho Tariq,
    um estudante universitário,
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    bom, generoso,
    bom escritor, bom fotógrafo,
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    aspirava a trabalhar
    na National Geographic,
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    estava noivo de uma bela moça,
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    trabalhava como entregador de pizza
    às sextas e sábados.
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    Ele foi atraído para um endereço falso
    por uma gangue juvenil.
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    E, em uma iniciação de gangues,
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    um jovem de 14 anos atirou nele e o matou.
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    A morte repentina e sem sentido
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    de um ser humano inocente e desarmado;
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    o enorme pesar de uma família;
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    a perplexidade total ao tentar absorver
    uma nova e horrível realidade.
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    Nem é preciso dizer que isso
    interrompeu totalmente minha vida.
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    Uma das coisas mais difíceis
    que já tive que fazer
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    foi ligar para a mãe dele,
    que morava em outra cidade.
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    Como contar a uma mãe que ela
    não irá ver o filho dela novamente,
  • 1:26 - 1:27
    ou ouvi-lo rir,
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    ou dar-lhe um abraço?
  • 1:31 - 1:33
    Sou praticante do sufismo.
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    Medito duas horas por dia.
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    Às vezes, em traumas
    e tragédias profundas,
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    há um lampejo de clareza.
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    Constatei, em minha meditação,
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    que havia vítimas
    nas duas extremidades da arma.
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    É fácil ver que meu filho
    foi vítima do jovem de 14 anos,
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    um pouquinho complicado ver
    que ele era vítima da sociedade americana.
  • 2:00 - 2:04
    Isso dá por resolvida a questão:
    quem é a sociedade americana?
  • 2:04 - 2:09
    São vocês e eu, porque não acredito
    que a sociedade seja apenas coincidência.
  • 2:09 - 2:13
    Creio que todos nós somos responsáveis
    pela sociedade que criamos.
  • 2:14 - 2:17
    Crianças matando crianças
    não é uma marca de uma sociedade civil.
  • 2:18 - 2:20
    Nove meses após a morte de Tariq,
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    fundei a "Tariq Khamisa Foundation",
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    e nossa diretriz,
    na Tariq Khamisa Foundation,
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    é impedir que as crianças matem crianças
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    quebrando o ciclo da violência juvenil.
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    Temos três diretrizes fundamentais.
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    Nossa primeira e mais importante
    é salvar a vida das crianças.
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    É importante fazer isso.
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    Perdemos muitas delas todos os dias.
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    Nossa segunda diretriz
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    é permitir as escolhas certas
    para que as crianças não sejam ignoradas
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    e escolham a vida das gangues, do crime,
    das drogas, do álcool e das armas.
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    Nossa terceira diretriz é ensinar
    os princípios da não violência,
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    da empatia, da compaixão, do perdão.
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    Comecei com uma premissa muito simples
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    de que a violência
    é um comportamento aprendido.
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    Nenhuma criança nasce violenta.
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    Se aceitarmos isso
    como uma verdade evidente,
  • 3:15 - 3:18
    a não violência também pode ser
    um comportamento aprendido,
  • 3:18 - 3:20
    mas temos que ensiná-la,
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    porque as crianças não irão
    aprender isso por osmose.
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    Logo depois disso, entrei
    em contato com meu irmão aqui.
  • 3:29 - 3:31
    Ambos perdemos um filho.
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    Meu filho morreu.
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    Ele perdeu o neto dele
    para o sistema prisional adulto.
  • 3:35 - 3:37
    Pedi para ele se juntar a mim.
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    Como podem ver, 22 anos depois,
    ainda estamos aqui juntos,
  • 3:41 - 3:44
    porque não posso trazer Tariq
    de volta da morte,
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    não podemos tirar Tony da prisão,
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    mas o que podemos fazer
  • 3:48 - 3:54
    é garantir que nenhum outro jovem
    de nossa comunidade acabe morto ou preso.
  • 3:54 - 3:56
    Com a graça de Deus,
  • 3:56 - 3:59
    a Tariq Khamisa Foundation
    tem sido bem-sucedida.
  • 3:59 - 4:02
    Temos um modelo de escola segura
  • 4:02 - 4:04
    com quatro programas diferentes.
  • 4:04 - 4:07
    O primeiro é uma sessão
    ao vivo com Ples e eu.
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    Somos apresentados:
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    o neto deste homem matou
    o filho deste, e aqui estão eles juntos.
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    Temos um currículo em sala de aula.
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    Temos um programa de mentoria
    após a escola e criamos um clube de paz.
  • 4:18 - 4:19
    Estou feliz em compartilhar
  • 4:19 - 4:23
    que, além de ensinar
    os princípios da não violência,
  • 4:23 - 4:28
    somos capazes de reduzir
    as suspensões e expulsões em 70%,
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    (Vivas) (Aplausos)
  • 4:29 - 4:30
    o que é enorme,
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    (Aplausos)
  • 4:31 - 4:33
    o que é enorme.
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    Cinco anos após a morte de Tariq,
    e, para completar minha jornada do perdão,
  • 4:39 - 4:41
    fui ver o jovem que matou meu filho.
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    Ele tinha 19 anos.
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    Lembro-me daquele encontro
    porque estávamos...
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    ele tem 37 anos, continua preso,
  • 4:49 - 4:52
    mas, naquele primeiro encontro,
    travamos nossos olhares.
  • 4:52 - 4:55
    Olhei nos olhos dele, ele nos meus,
  • 4:55 - 4:59
    e olhei nos olhos dele tentando encontrar
    um assassino, mas não encontrei.
  • 4:59 - 5:03
    Fui capaz de penetrar os olhos dele
    e tocar a benevolência dele,
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    e compreendi que o sentimento dele
    não era diferente do meu
  • 5:07 - 5:09
    ou de qualquer um de vocês.
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    Eu não esperava por isso.
  • 5:11 - 5:12
    Ele estava arrependido.
  • 5:12 - 5:14
    Ele era eloquente e bem-educado.
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    Eu poderia dizer que
    meu perdão o havia mudado.
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    Por favor, deem as boas vindas
    a meu irmão, Ples.
  • 5:22 - 5:24
    (Aplausos)
  • 5:27 - 5:32
    Ples Felix: Tony é filho único
    de minha única filha.
  • 5:32 - 5:35
    Tony nasceu para minha filha,
  • 5:35 - 5:37
    que tinha 15 anos quando deu à luz o Tony.
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    A maternidade é o trabalho
    mais difícil do mundo.
  • 5:42 - 5:46
    Não há nada mais difícil
    do que criar um outro ser humano
  • 5:46 - 5:52
    e garantir que esteja seguro
    e em condições de se dar bem na vida.
  • 5:53 - 5:56
    Tony passou por muita violência
    quando era pequeno.
  • 5:57 - 5:59
    Viu um de seus primos favoritos
  • 5:59 - 6:01
    ser assassinado em uma chuva
    de tiros de arma automática
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    e envolvimento de gangues em Los Angeles.
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    Ele era muito traumatizado
    de muitas formas diferentes.
  • 6:07 - 6:09
    Tony veio morar comigo.
  • 6:09 - 6:12
    Eu queria garantir que ele tivesse
    tudo o que uma criança precisa
  • 6:12 - 6:13
    para ter sucesso na vida.
  • 6:15 - 6:17
    Mas, naquela noite específica,
  • 6:17 - 6:18
    após anos vivendo comigo
  • 6:19 - 6:21
    e esforçando-se bastante
    para tentar ser bem-sucedido
  • 6:21 - 6:25
    e corresponder às minhas expectativas
    de ser uma pessoa de sucesso,
  • 6:26 - 6:29
    naquele dia específico,
    Tony fugiu de casa,
  • 6:29 - 6:32
    foi estar com pessoas
    que ele pensava serem seus amigos,
  • 6:32 - 6:33
    deram-lhe drogas e álcool,
  • 6:33 - 6:37
    e ele aceitou, porque achava que eles
    o fariam se sentir despreocupado.
  • 6:38 - 6:41
    Mas tudo o que fez
    foi aumentar a ansiedade dele
  • 6:41 - 6:43
    e criar...
  • 6:45 - 6:49
    um pensamento mais fatal da parte dele.
  • 6:49 - 6:53
    Ele foi convidado para um assalto,
    deram-lhe uma pistola 9mm
  • 6:54 - 6:56
    e, na presença de um jovem
    de 18 anos que o comandava
  • 6:56 - 7:00
    e de 2 meninos de 14 anos
    que ele achava serem seus amigos,
  • 7:00 - 7:05
    ele atirou e matou Tariq Khamisa,
    o filho deste homem.
  • 7:08 - 7:15
    Não há palavras, realmente, que possam
    expressar a perda de uma criança.
  • 7:15 - 7:19
    Ao entender que meu neto foi o responsável
    pelo assassinato de um ser humano,
  • 7:19 - 7:23
    fui ao quarto de oração,
    como meus velhos amigos me ensinaram,
  • 7:23 - 7:25
    e comecei a rezar e a meditar.
  • 7:25 - 7:28
    Uma coisa que o sr. Khamisa e eu
    temos em comum e que não sabíamos,
  • 7:28 - 7:31
    além de sermos seres humanos
    maravilhosos, é que ambos meditamos.
  • 7:31 - 7:32
    (Risos)
  • 7:33 - 7:34
    Foi muito útil para mim
  • 7:34 - 7:38
    porque me deu uma oportunidade
    de procurar orientação e clareza
  • 7:38 - 7:43
    sobre como eu queria apoiar
    esse homem e sua família nessa perda.
  • 7:44 - 7:45
    Minhas preces foram atendidas,
  • 7:45 - 7:49
    porque fui convidado a um encontro
    na casa desse homem;
  • 7:49 - 7:52
    conheci a mãe, o pai,
  • 7:52 - 7:53
    a esposa, o irmão dele;
  • 7:53 - 7:55
    conheci a família deles
  • 7:55 - 8:00
    e tive a chance de estar com pessoas
    com o espírito de Deus lideradas por ele,
  • 8:00 - 8:02
    que, no espírito do perdão,
  • 8:02 - 8:05
    abriu caminho, criou
    uma oportunidade para mim
  • 8:06 - 8:09
    de ser útil e de compartilhar
    com ele e as crianças
  • 8:09 - 8:14
    a importância de entender a necessidade
    de estar com um adulto responsável,
  • 8:14 - 8:16
    concentrar em nossa raiva
    de um modo saudável,
  • 8:16 - 8:18
    aprender a meditar.
  • 8:18 - 8:21
    Os programas que temos
    na Tariq Khamisa Foundation
  • 8:21 - 8:24
    dão muitas ferramentas
    para as crianças colocarem no kit delas.
  • 8:24 - 8:26
    e poderem levar por toda a vida.
  • 8:26 - 8:28
    É importante que elas compreendam
  • 8:28 - 8:31
    o cuidado e o apoio de adultos
    carinhosos e atenciosos,
  • 8:31 - 8:35
    mas também é importante
    que nossas crianças aprendam a meditar,
  • 8:35 - 8:37
    aprendam a ser tranquilas,
  • 8:37 - 8:39
    aprendam a ser centradas
  • 8:39 - 8:41
    e aprendam a interagir
    com as outras crianças
  • 8:41 - 8:45
    de forma gentil, empática
    e maravilhosamente carinhosa.
  • 8:45 - 8:48
    Nossa sociedade precisa de mais amor,
    e, por isso, estamos aqui
  • 8:48 - 8:53
    para compartilhar o amor com as crianças,
    porque elas mostrarão o caminho para nós,
  • 8:53 - 8:55
    porque todos nós dependeremos
    de nossas crianças.
  • 8:55 - 8:59
    Conforme envelhecemos e nos aposentamos,
    elas assumirão este mundo por nós,
  • 8:59 - 9:03
    então, elas retribuirão a nós
    com o mesmo amor que lhes ensinamos.
  • 9:03 - 9:04
    Bênçãos. Obrigado.
  • 9:04 - 9:06
    (Aplausos)
  • 9:10 - 9:14
    AK: Nasci no Quênia,
    fui educado na Inglaterra,
  • 9:14 - 9:17
    e meu irmão aqui é batista.
  • 9:17 - 9:19
    Sou praticante do sufismo.
  • 9:19 - 9:20
    Ele é afro-americano,
  • 9:20 - 9:23
    mas sempre digo
    que o afro-americano sou eu.
  • 9:23 - 9:24
    Eu nasci na África; você não.
  • 9:24 - 9:26
    (Risos)
  • 9:28 - 9:30
    Sou cidadão naturalizado.
  • 9:30 - 9:32
    Sou cidadão da primeira geração.
  • 9:32 - 9:36
    Eu sentia que, como cidadão americano,
  • 9:36 - 9:39
    devo assumir minha parte
    da responsabilidade
  • 9:39 - 9:41
    pelo assassinato de meu filho.
  • 9:42 - 9:43
    Por quê?
  • 9:43 - 9:46
    Porque o disparo foi feito
    por uma criança americana.
  • 9:46 - 9:47
    Vocês têm uma posição:
  • 9:47 - 9:48
    ele matou meu único filho;
  • 9:49 - 9:51
    deveria estar enforcado
    no poste mais alto.
  • 9:52 - 9:54
    Como isso torna a sociedade melhor?
  • 9:55 - 9:58
    Sei que vocês devem estar se perguntando
    o que aconteceu com aquele jovem.
  • 9:59 - 10:00
    Ele ainda está preso.
  • 10:00 - 10:03
    Acabou de fazer 37 anos
    no dia 22 de setembro.
  • 10:04 - 10:05
    Mas tenho boas notícias.
  • 10:06 - 10:08
    Estamos tentando libertá-lo há 12 anos.
  • 10:08 - 10:12
    Ele finalmente se juntará
    a nós daqui a um ano.
  • 10:12 - 10:14
    (Aplausos)
  • 10:18 - 10:21
    Estou muito animado para tê-lo conosco,
  • 10:21 - 10:23
    porque sei que o salvamos,
  • 10:23 - 10:27
    mas ele irá salvar dezenas
    de milhares de estudantes
  • 10:27 - 10:29
    quando compartilhar o depoimento dele
  • 10:29 - 10:33
    nas escolas em que estamos
    presentes com frequência.
  • 10:33 - 10:36
    Quando disser às crianças:
    "Aos 11 anos, entrei numa gangue;
  • 10:36 - 10:39
    aos 14, matei o filho do sr. Khamisa.
  • 10:39 - 10:41
    Passei os últimos
    trocentos anos na prisão.
  • 10:41 - 10:45
    Estou aqui para lhes dizer:
    não vale a pena",
  • 10:45 - 10:47
    vocês acham que as crianças irão ouvi-lo?
  • 10:47 - 10:53
    Sim, porque a entonação dele
    será de uma pessoa que puxou o gatilho.
  • 10:53 - 10:58
    Sei que ele quer voltar no tempo.
  • 10:59 - 11:00
    Claro que isso não é possível.
  • 11:00 - 11:01
    Gostaria que fosse.
  • 11:01 - 11:03
    Assim teria meu filho de volta.
  • 11:03 - 11:05
    Meu irmão teria o neto dele de volta.
  • 11:06 - 11:10
    Creio que isso demonstra
    o poder do perdão.
  • 11:12 - 11:14
    Qual é a importante conclusão aqui?
  • 11:15 - 11:18
    Quero terminar nossa conversa
    com esta citação,
  • 11:18 - 11:21
    que é a base de meu quarto livro,
  • 11:21 - 11:25
    cujo prefácio, a propósito,
    foi escrito por Tony.
  • 11:27 - 11:30
    Começa assim: "A boa vontade
    contínua cria a amizade.
  • 11:31 - 11:33
    Não fazemos amigos
    atacando-os com bomba, não é?
  • 11:33 - 11:35
    Fazemos amigos pela boa vontade.
  • 11:35 - 11:36
    Isso deve ser óbvio.
  • 11:36 - 11:39
    A boa vontade contínua cria a amizade,
  • 11:39 - 11:41
    a amizade contínua cria a confiança,
  • 11:41 - 11:44
    a confiança contínua cria a empatia,
  • 11:44 - 11:46
    a empatia contínua cria a compaixão
  • 11:46 - 11:49
    e a compaixão contínua cria a paz.
  • 11:49 - 11:51
    Chamo isso de minha fórmula da paz.
  • 11:51 - 11:57
    Começa com boa vontade, amizade,
    confiança, empatia, compaixão e paz".
  • 11:57 - 11:58
    Mas me perguntam:
  • 11:58 - 12:02
    "Como você concede a boa vontade
    à pessoa que matou seu filho?"
  • 12:03 - 12:05
    Digo que fazemos isso por meio do perdão.
  • 12:05 - 12:08
    Como é evidente, funcionou para mim.
  • 12:08 - 12:09
    Funcionou para minha família.
  • 12:09 - 12:12
    O que é um milagre
    é que funcionou para o Tony,
  • 12:12 - 12:14
    funcionou para a família dele,
  • 12:14 - 12:17
    pode funcionar para vocês
    e para sua família,
  • 12:18 - 12:21
    para Israel e a Palestina,
    a Coreia do Norte e a Coreia do Sul,
  • 12:21 - 12:23
    para o Iraque, o Afeganistão,
    o Irã e a Síria.
  • 12:23 - 12:26
    Pode funcionar para os Estados Unidos.
  • 12:27 - 12:29
    Vou deixá-las com isto, minhas irmãs,
  • 12:30 - 12:31
    e alguns irmãos:
  • 12:31 - 12:33
    (Risos)
  • 12:33 - 12:35
    a paz é possível.
  • 12:36 - 12:38
    Como sei disso?
  • 12:38 - 12:40
    Porque eu estou em paz.
  • 12:40 - 12:41
    Muito obrigado.
  • 12:41 - 12:42
    "Namastê".
  • 12:42 - 12:44
    (Aplausos)
Title:
O que vem depois da tragédia? O perdão
Speaker:
Azim Khamisa, Ples Felix
Description:

Em uma noite horrível de 1995, o neto de 14 anos de Ples Felix assassinou o filho de Azim Khamisa em uma iniciação de gangues estimulada por drogas, álcool e uma falsa sensação de aceitação. O encontro mortal enviou Khamisa e Felix a caminhos de meditação profunda, para perdoarem e serem perdoados. Em um ato de bravura e reconciliação, os dois homens se encontraram e formaram um vínculo duradouro. Juntos, usaram a história deles como um perfil para uma sociedade melhor e mais humana, em que as vítimas de uma tragédia podem crescer e se curar. Prepare-se para se emocionar com a história inimaginável deles. "A paz é possível", diz Khamisa. "Como sei disso? Porque eu estou em paz".

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:06

Portuguese, Brazilian subtitles

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